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O que é o Astigmatismo?

Uma Anomalia Ocular Comum

    O astigmatismo é uma anomalia do olho, que consiste numa curvatura irregular da córnea ou em alguns casos do cristalino (astigmatismo interno). A incidência deste erro refrativo varia com é muito frequente nos primeiros meses de vida, e vai se corrigindo com o processo de emetropização. Pode, contudo, atingir cerca de 60% da população, ainda que, de modo geral, sob um astigmatismo muito ligeiro, inferior a 0,5 dioptrias. Na prática, quase todas as pessoas apresentam um pequeno grau de astigmatismo, mas que não chega a afetar a qualidade da visão. O facto de ser inferior a 0,5 dioptrias faz com que seja quase impercetível e os seus sintomas de fadiga ocular sejam ligeiros. Contudo, devido à exigência visual atual devido ao uso de dispositivos eletrónicos e aumento das tarefas de perto, a sintomatologia pode tornar-se mais significativa, levando a que mesmo pequenos astigmatismos devam ser corrigidos.

    Num olho com astigmatismo as imagens são focadas não num único ponto focal, como seria correto num olho normal, em mais do que um ponto. A inexistência de um único ponto de foco na retina faz com que a visão dos objetos surja desfocada, distorcida e com o contorno dos objetos pouco definido.

     Esta alteração no contorno dá por vezes a sensação de sombra, ou mesmo de duplicação. Isto faz com que frequentemente uma pessoa com astigmatismo, tenha dificuldade em distinguir um E de um B, ou um N de um H e ainda que o a letra O surja deformada em vez de um redondo perfeito.



Classificação e correção do astigmatismo segundo o eixo

    O astigmatismo pode ser classificado em regular ou irregular.  No astigmatismo regular, a córnea tem um formato oval, ou seja, em vez de uma esfera perfeita, tem uma forma ligeiramente oval como uma bola de râguebi. Ou seja, o eixo vertical (90.º) é muito mais potente que o horizontal (180.º), os principais meridianos de potência são perpendiculares entre si, trata-se por isso de uma diferença de potência regular entre os dois eixos principais.

    A correção deste tipo de astigmatismo é geralmente simples, bastando o recurso a uns óculos em que a potência das lentes compense a diferença de potência entre os dois meridianos. Ou seja, se, por exemplo, a potência a córnea a 90.º for superior à potência a 180.º em 2,00 dioptrias, prescrevem-se umas lentes de -2.00×180º.

    Já no astigmatismo irregular, a deformação é muito desigual e os eixos de astigmatismo diferem dos meridianos principais, como no caso de um queratocone. Os meridianos da córnea não são perpendiculares entre si como deveriam ser e como tal torna-se mais complicado corrigir este tipo de astigmatismo. É mais difícil corrigir o astigmatismo irregular, mesmo com os melhores tratamentos disponíveis, a acuidade visual pode nunca atingir os 100%. Nestes casos, em vez do uso de lentes oftálmicas, deve-se recorrer ao uso de lentes de contacto específicas, coma as lentes rígidas ou esclerais.

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